Sartre: .
Introdução
O pensamento de Jean-Paul Sartre (1905-1980) é extremamente indicado a
todos estudantes, principalmente aos de Filosofia; possui uma força e qualidade
que certamente agradarão o acadêmico que deve ter uma leitura calma e ao mesmo
tempo inarredia. Neste sentido, o pensamento de Sartre também pode ser
considerado como um pensamento balizador ao pensamento do Homem na
contemporaneidade, isto é, como um pensamento que proponha ao Homem impactar-se
na Paideia social em que vive e junto a isto, que faça, no próprio Homem, aparecer-se em seu existir, como pensamento.
O objetivo deste trabalho não é defender o pensamento de Sartre como um
modelo para o pensamento do Homem e nem como modelo para um acadêmico adotá-lo,
aliás, não é conveniente um pensador adotar o pensamento de outro, por conta de
culpar-se de não ser original e, portanto, não se pautar com a verdade de seu
próprio Ser. Também, não é conveniente em razão que todos os pensamentos dos
consagrados filósofos em todos os tempos têm a sua argumentação que é
suficientemente válida de acordo com o contexto histórico. Contrariamente a isto,
o pensador, ou filosofo, moderno tem de ter em mente que o pensamento
consagrado deve servir de âncora para poder elevar seguramente seu pensamento.
Assim, conhecer o pensamento de Sartre é fincar uma âncora para
desenvolver o em si de cada um e, muito embora seja desejável, que este indigno
trabalho deva representar o pensamento do eu de seu autor, mas, muito mais,
deva também representar o pensamento do outro-de-si-mesmo como seu autor.
O inicio do caminho sartriano: A existência precede a essência
Existem argumentações históricas em que Sartre pode também versar sua existência que precede a essência;
poderíamos ter em consideração o mito de Epimeteu retratado no Protágoras de
Platão em que, mesmo para o mundo helênico no tempo de Platão havia, segundo o
relato a seguir, dúvidas a respeito da origem da natureza atribuída ao homem,
isto é, havia dúvidas sobre a própria natureza do Homem; natureza esta que
carecia de um sentido de essência natural e, portanto, segundo Platão, o Homem ficou sem nada. Sendo assim a
essência humana advinda do fogo roubado por Prometeu não configura o Homem a
pertencer a uma condição natural por essência própria, visto que nos parece que
a essência do Homem foi emprestada de fora do Homem, isto é, foi emprestada dos
deuses do Olimpo:
Quando estavam prontas para ser conduzidas para a luz do dia,
os deuses encarregaram Prometeu e Epimeteu de as organizar e de atribuir a cada
uma capacidades que as distinguissem. Epimeteu pediu, então, a Prometeu que o
deixasse fazer essa distribuição. «Depois de eu a ter feito», disse, «tu
passas-lhes uma revista» [...] Deste modo, Epimeteu — que não era lá muito
esperto — esqueceu-se que gastara todas
as qualidades com os animais irracionais; fora desta organização, restava-lhe
ainda a raça dos homens e sentia-se embaraçado quanto ao que fazer. Estava ele
nesta aflição, chega Prometeu para inspeccionar a distribuição e vê que,
enquanto as outras espécies estão convenientemente providas de tudo quanto
necessitam, o homem está nu, descalço, sem abrigo e sem defesa[1].
Corroborando na investida argumentativa Sartre poderá garantir seu
pressuposto com a argumentação de Rousseau, visto que, tudo o que existe em
torno do Homem tem uma essência que corresponde à natureza de cada coisa
observada:
É assim que um pombo morre de fome perto de uma vasilha cheia
das melhores carnes, e um gato sobre uma porção de frutas ou de grãos, embora
ambos pudessem nutrir-se com os alimentos que desdenham se procurassem
experimentá-lo; é assim que os homens dissolutos se entregam a excessos que
lhes ocasionam a febre e a morte, porque o espírito deprava os sentidos, e a
vontade fala ainda quando a natureza se cala.[2]
Este caminhar do pensamento de Sartre chega até em suas próprias obras.
Por exemplo, quando Sartre vai estabelecer a crítica ao psicologismo em sua
obra Esboço para uma teoria das emoções
(1939), então começa a delinear seu existencialismo como algo que vai fazer
o Homem ser quem ele é:
Assim ele [o psicólogo] ficará sabendo pelos outros que é
homem, e sua natureza de homem não lhe será revelada de modo particular sob
pretexto de que ele mesmo é aquilo que estuda. [3]
O Nada é o princípio de tudo
Como pudemos observar, para o pensamento de Sartre não há essência em
nenhum tipo de Homem, nem há essência em seu gênero, por exemplo, a mulher:
para Sartre não deve haver natureza na mulher que faça sua essência
caracterizá-la com uma existência voltada para o lar, para a maternidade, ou
mesmo educadora, procriadora, sedutora, etc. Tudo isso seria uma forma de
escravidão, tudo não passaria de uma “educação social” que visaria confiscá-la
para os serviços a uma sociedade escravizadora.
Uma vez escravo o Homem (mulher) contradiz aos próprios princípios que
criou para si, seja nos valores dos iluministas da liberdade, fraternidade e
igualdade, ou na própria emancipação do Homem como um ser que auto se
desenvolve até tecnologicamente. Para Sartre se a essência determinar a vida,
então o homem se tornou escravo e até escravo de si mesmo e isto não é coerente
com a ética iluminista e até tecnológica[4].
Então, para Sartre, não existe a essência do Homem. Sartre vai descrever
em sua obra, O ser e o nada (1943),
sobre o cogito reflexivo [5],
que o Homem tem uma consciência de si porque tem uma consciência reflexiva,
isto é, ao Homem é feito aperceber-se
diante de si um nada que surge entre seu eu que analisa e o seu eu que age. É
justamente neste distanciamento, neste vazio entre seus eus que ocorre o Nada: “Ser, para o Para-si, é nadificar o Em-si
que ele é” [6]. Persuadido da consciência
de si, então acaba sendo criado no Homem um vazio entre quem ele é e quem
ele analisa quem é, por ex.: eu digo, o aluno Armando é falador. O fato de eu
falar sobre algo e o fato de julgar o falar, surgiram, para Sartre, dois
Armandos. Ora, a consciência reflexiva, ou de si, faz nascer um grande não sei, que não é o não-ser – o não-ser
é negação, além do que, a negação é alguma coisa – porém este não sei se refere
ao Nada. Este não sei é o Nada:
Para que o homem possa questionar, é preciso
que possa ser seu próprio nada, ou seja, o homem não pode estar na origem do
não ser no ser a menos que seu ser se tenha repassado de nada, em si e por si
mesmo [...] [7]
Liberdade, Angústia e Má fé.
Conhecer o pensamento de Sartre nos permite caminhar na região
existencialista não perdendo de vista outra região, qual seja a essencialista.
Neste passeio encontramos palavras ou termos que poderão fazer toda diferença
estando localizados, tais termos, ou na região essencialista, ou na região
existencialista. Um termo que é objeto do estudo existencialista de Sartre é a
Liberdade. Uma vez que, já conhecemos o pensamento sartriano, a existência precede a essência, e também
que o Homem se nadifica, tanto no
mito de Epimeteu onde não sobraram quaisquer atributos ao Homem ficando ele sem
natureza, quanto na antropologia da Origem de Rousseau em que pombo e gato já
nascem com sua natureza determinada pela essência do que são e, doravante ao
Homem sempre sua natureza se cala,
então Sartre vai observar que o Homem responde com um não sei quando responde àquele vazio entre seus dois Homens – aquele que analisa e aquele que age -, assim
a corrente de pensamento existencialista admitirá, por não contradição, que a
amplitude do termo Liberdade só pode ser o que é se não for limitado por uma
essência que o controle; vejamos o que o professor Barros Fº (2012) nos fala
sobre isto:
O existencialismo se funda numa premissa intelectual [...]
Liberdade para deliberar sobre a vida. Esta liberdade só faz sentido justamente
se você não for essencialista. Porque se você for essencialista e partir da
premissa de uma essência que determina a vida, evidentemente, em relação à
essência não há liberdade alguma. (01h39min:00)
A visão ou região existencialista
condena aquela liberdade que pressupõe uma essência. Esta essência funciona
como uma marca que vai limitar o Homem a ser aquilo para qual é o seu fim, por
exemplo, é próprio da visão essencialista quando esta, vê a mulher destinada para
a maternidade e também quando vê a criança que, inocentemente, se vê comparada
com tios, avós, e pais que já morreram ou não e, portanto tal criança ficará
estigmatizada com a essência de seus antepassados, o que para os outros da
família poderá ser como uma perpetuação dos entes queridos, diferentemente
àquela criança, será como a essência de sua própria natureza que certamente limitará
sua Liberdade. Também podemos comparar neste exemplo as crianças que possuem o
mesmo nome de seus pais, caso dos juniores, filhos, netos, etc.
Portanto, o conceito de Liberdade em
Sartre é muito amplo, pois ele retrata a Liberdade a partir da nadificação do
Homem: “Ser, para o Para-si, é nadificar
o Em-si que ele é” [8];
mas não esqueçamos que o Homem existe e, porque ele existe, então, o Homem, é
sempre o existir pelo que ele faz, isto é, o Homem existirá no Para-si sempre
que estiver fazendo e interessante
notar que, o Homem enquanto Homem é um eterno fazer. Este ato, fazer, o
impele a realizar algo para depois perceber-se (pelo fazer) quem ele É. Este fazer não pressupõe nada antes, pois é
uma busca pelo fazer-se, pelo tornar-se; enfim, aparecer a si mesmo: “[...] a nadifcação na forma do
‘reflexo-refletidor’. O homem é livre porque não é si mesmo, mas presença a
si.” [9].
Sartre elabora a celebre conclusão: “Para-além dos móbeis e motivos de meu ato:
estou condenado a ser livre.” [10].
Esta amplitude de Sartre diante da Liberdade
existencialista torna a Liberdade libertadora e fundamental, mas não numa condição de que resolva o problema do
Homem, pelo contrário, ela vai cada vez mais abrir o Homem para novas
possibilidades de Liberdade a fim de satisfazer sua intrínseca busca que tem
pela natureza essencialista. Esta condenação que Sartre coloca diz respeito à
Liberdade que sempre é colocada diante do Homem quando ele não sabe o que
fazer, não sabe que respostas dar, pois não tem uma natureza que o determine. O
Homem é dono de seu fazer e o faz
pela Liberdade que tem que fazer. Assim esta Liberdade coloca ao Homem algumas
ou até inúmeras escolhas às quais o Homem não sabe qual escolher; ele não tem
natureza própria definida. A tristeza por não saber o que fazer diante da Liberdade
que o opõe inúmeras saídas é algo aterrador ao Homem: surge sua Angústia: “[...] é na angústia que o homem toma
consciência de sua liberdade [...]” [11].
É uma tristeza diferente da tristeza comum, é uma tristeza bem peculiar e
desamparadora ao Homem que sabe apenas que existe, não tem essência e não sabe
decidir tendo toda Liberdade para isto. Talvez Sartre não pudesse prever,
quando em 1943 escreveu sobre a Angústia na obra O ser e o nada, que no final de seu século e muito mais agora no
sec. XXI existiria uma enxurrada de textos de inúmeros autores, até de alguns
que se tornaram best-sellers, que afirmam resolver o problema desta Angústia
desamparadora no Homem seguindo alguns passos: livros de autoajuda são notáveis
por agregar cada vez mais pessoas que não sabem o que fazer de suas vidas.
Entretanto, se não podia prever um mercado consumidor para a solução da
Angústia, ao menos Sartre conseguiu estabelecer uma reflexão muito importante
para este estado de fuga da Angústia; “Na
maior parte do tempo fugimos da angústia na má-fé” [12].
Sem dúvida alguma a Ma-fé, por Sartre, é o mais interessante subsídio para ser
estudado em todas as Universidades sérias. À emancipação do Homem diante de
seus problemas, então será de fundamental importância assumir como reflexão, se
não todo pensamento sartriano, mas, pelo menos, o que diz sobre o conceito de
Ma-fé: “[...] fujo para ignorar, mas não
posso ignorar que fujo, e a fuga da angústia não passa de um modo de tomar
consciência da angústia.” [13].
Um bom exemplo que Sartre faz sobre a Má-fé poderá ser encontrado quando relata
o estudo do psiquiatra vienense Stekel, o qual em seu trabalho, A mulher frígida, constatou como núcleo
da psicose feminina, a frigidez, a qual ocorre conscientemente. Sartre vai dizer:
[...] mulheres patologicamente frígidas se empenham em
abstrair-se de antemão do prazer que temem: muitas, por exemplo, no ato sexual,
desviam seus pensamentos para ocupações cotidianas, fazem contas domésticas.
Como é possível falar aqui em inconsciente? Mas se a mulher frígida alheia sua
consciência do prazer que experimenta, não faz isso cinicamente e de pleno
acordo consigo mesma, mas para provar a si ser frígida. Estamos sem dúvida ante
um fenômeno de má-fé [...] não mais estamos no terreno da psicanálise. [14]
A Má-fé encontra-se dentro da
Angústia, porque é ela que pode nadificar a própria Angústia, acabando com ela,
isto é, fugindo dela para preencher aquele vazio do cogito- reflexivo, que vimos em análise anterior. Será pela própria
Liberdade que o Homem obterá esta interessante negação do Nada e, portanto
trará à luz de sua consciência a própria Má-fé:
O homem que fala parece sincero e respeitoso [...] A mulher
não se dá conta do que deseja: é profundamente sensível ao desejo que inspira,
mas o desejo nu e cru a humilharia lhe causaria horror. [...] Mas eis que lhe
seguram a mão. O gesto de seu interlocutor ameaça mudar a situação provocando
uma [liberdade a escolher] decisão imediata: abandonar a mão é consentir no
flerte [...] retirá-la é romper com a harmonia turva e instável que constitui o
charme do momento. [...] O que acontece então é conhecido: a jovem abandona a
mão, mas não percebe que a abandona [...] realizou-se o divórcio
entre corpo e alma: a mão repousa inerte entre as mãos cálidas de seu
companheiro, nem aceitante, nem resistente – [a mão é apenas] uma coisa. [...]
essa mulher está de má-fé. [15]
O estudo sobre a Má-fé, por Sartre,
é muito pertinente aos dias atuais, pois lida também com outros conceitos como
por ex., a sinceridade e a instantaneidade da má-fé. Portanto, neste estudo,
Sartre nos levará a certas conclusões, como a conclusão de que: “[...] a realidade humana, em seu ser mais
imediato, [...] seja o que não é e não seja o que é” [16].
O ser-Para-si em ser-Para-outro: a liberdade existindo para outras liberdades[17].
“[...]
a partir do momento em que outra liberdade que não a minha surge frente a mim,
começo a existir em uma nova dimensão de ser [...]” [18].
A minha liberdade vai até onde
começa a liberdade do outro; será que esta velha frase que ouvimos sempre
ser dita, a qual mesmo ocultando o termo limitar
conceberia verdadeiramente a noção de liberdade entre mim e outro, ou
contrariamente quer impor não liberdade, mas limitações? Ainda podemos
questionar se esta, não seria uma frase que tenta, mas não consegue representar
com banal simplificação um pseudo-entendimento de alguém que nunca conseguiu
entender Sartre e sua nova dimensão de
ser? Para podermos ingressar mais este questionamento à realidade atual,
precisamos recorrer ao próprio Sartre para ver o que ele diz. Interessante
notar que quando Sartre vai tratar a liberdade tendo como pano de fundo o
Outro, então escreve ter encontrado um real
limite à liberdade [19].
Como Sartre vai lidar com esta concepção-problema que vem à tona como um limite? Sartre encara este desafio não
tomando atalhos e nem se esquivando e também nem tentando oferecer outras
saídas que representem argumentações que o contradigam. Não: Sartre aborda este
limite à liberdade através da própria argumentação existencialista que defende:
[...] deve-se entender o seguinte: o limite imposto não
provém da ação dos outros. [...] O verdadeiro limite à minha liberdade está
pura e simplesmente no próprio fato de que um Outro me capta como Outro-objeto
[...] [20].
Portanto, o
ser-Para-si existe objetivamente e é
captado pelo Outro numa dimensão que se dá em mim, isto é, numa dimensão de
ser-Para-outro. Ainda, segundo Sartre, referindo-se a este limite, então
podemos supor que em relação a mim, sou o único que soberanamente posso limitar
a liberdade em mim mesmo, visto que este é, em mim, um ato livre, contudo por
causa do Outro, Sartre vai observar algo sobre esta limitação que se dará em novo nível, uma vez que, além do
existir de mim há agora o existir do Outro: “[...]
o Para-si assumindo seu ser-para-o-Outro no e pelo próprio ato que reconhece a
existência do Outro” [21].
Logo, encontro meus limites na existência da liberdade do Outro.
Mas afinal, este Outro então deve ser “bonzinho”? Pois, se este traço de unidade[22]
marcante entre mim e o Outro nos dá entender que existe uma dialética branda,
amigável e apaziguadora entre o outro e eu, então podemos perceber que a
relação entre o eu e o outro não será mais marcada pela liberdade, mas por uma
tolerância. Tolerância não é liberdade; quando há tolerância, então há muito
mais uma limitação da liberdade do que alguma de outras, dentre as muitas liberdades
que passam a existir a partir da Liberdade fundamental de Sartre. Esta
tolerância como limitação leva a perguntar, como ficará o movimento dialético
da relação entre o eu e o outro quando ocorrerem sentimentos negativos como:
medo, constrangimento, ira, decepção, etc.? Sartre quer preservar a liberdade
do eu e do outro e sabe que esta preservação só pode ocorrer no eu tendo o
Outro como subjetividade:
Embora disponha de uma infinidade de maneiras de assumir meu
ser-Para-outro, simplesmente não posso assumi-lo; reencontramos aqui esta
condenação à liberdade que definimos anteriormente como facticidade; não posso
abster-me totalmente com relação àquilo que sou (para o Outro) – pois recusar
não é abster-se, mas outro modo de assumir –, nem padecê-lo passivamente (o
que, em certo sentido, dá no mesmo); no furor, na ira, no orgulho, na vergonha,
na recusa nauseante ou na reivindicação jubilosa, é necessário que eu escolha
ser o que sou.[23]
Conclusão
Sartre me foi apresentado como um pensador muito peculiar, filósofo,
psicólogo, teatrólogo, escritor... Enfim, ainda a mim, parece uma personalidade
misteriosa, pois coloca seu eu em mim. Muito embora, devo dizer, não é bom para
o estudante de Filosofia adotar um pensamento que não seja o seu próprio
pensamento como modelo filosófico, percebi em Sartre duas qualidades: primeira,
a de uma amplitude maior do que esperava acerca do como o eu e o Outro ocorrem
fenomenologicamente em mim e, segunda que seus escritos possibilitam uma melhor
compreensão sobre minha vida vívida. Ao longo do estudo sobre Sartre surgiam em
minha mente imagens como flashes de minha infância e adolescência, que hora me
condenavam hora me absolviam; se isto foi bom ou mal para mim, então não sei,
mas me senti uma pessoa muito melhor após estudar Sartre.
Referências Bibliográficas:
SARTRE, J.-P. Esboço para uma teoria das emoções.
Tradução de Paulo Neves. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009, 96 p.
SARTRE, J.-P. O ser e o nada - ensaio de Ontologia
fenomenológica. Tradução de Paulo Perdigão. 20. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2011. 783 p.
e-referências:
BARROS FILHO, C. Natureza Humana: Mitologia Grega e Sartre. Espaço
Ética, 2011. Disponivel em: .
Acesso em: 21 maio 2013.
PLATÃO. Protágoras. Scribd, 2012. Disponivel em:
. Acesso em: 20 maio 2013.
ROUSSEAU, J.-J.
J.J.Rousseau_Origem_e_fundamento_da_desigualdade_entre_os_homens.pdf. Ebookbrowse,
2012. Disponivel em:
[1] (PLATÃO, 2012,
320d – 321c, p.18-19)
[2] (ROUSSEAU,
2012, p. 18)
[3] (SARTRE, 2009,
p. 15)
[4] Persuadi-me por considerar o termo tecnologia
em razão de que, embora vivamos ainda algumas circunstâncias escravagistas,
devemos ter em consideração que a sociedade moderna, no final das contas, está
se desenvolvendo tecnologicamente, muito bem obrigado... Este desenvolvimento
se dá diametralmente em oposição ao movimento escravagista (em seu sentido
amplo). Este Homem cada vez mais livre, também pode configurar o avanço
tecnológico que ele próprio foi obtendo ao longo do tempo e principalmente no
século XX. Ora, afirmar que o Homem desenvolveu tecnologia é o mesmo que
afirmar que o Homem teve emancipações libertárias na sociedade, como, por
exemplo, o reconhecimento dos direitos da mulher.
[5] (SARTRE, 2011,
p. 91)
[6] (Ibidem, p.
543)
[7] (Ibidem, p. 91)
[8] (SARTRE, 2011,
p. 543)
[9] (Ibidem, p.
545)
[10]
(Ibidem, p. 543)
[11]
(Ibidem, p. 72)
[12] (SARTRE, p. 681)
[13] (Ibidem, p. 89)
[14] (Ibidem, p.
100)
[15] (Ibidem, p. 101-102)
[16] (SARTRE, 2011,
p. 115)
[17] (Ibidem, p.
644)
[18] (Ibidem, p. 642)
[19] (Ibidem, p. 643)
[20] (Ibidem, idem.)
[21] (SARTRE, 2011, p. 648)
[22] (Ibidem, p.
645)
[23] (Ibidem, p. 648)